Mulheres poderão fazer aula defesa pessoal gratuitamente em março

No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, as soteropolitanas vão ganhar uma ajuda importante no combate à violência física. A Federação Sul-Americana de Krav Magá (FSAKM) está oferecendo treinamentos gratuitos da defesa pessoal para mulheres acima de 14 anos. 


Foto: Betto Jr | CORREIO*
O sistema de combate desenvolvido Israel e utilizado pelo exército do país asiático tem como princípio ensinar pessoas a lidar com situações que podem ocorrer no dia a dia, como escapar de alguém ao ser agarrado à força ou estrangulamento.

“O Krav Magá é uma técnica de defesa pessoal, nós não somos arte marcial, o treinamento é totalmente diferente e foi criado com o princípio de que qualquer pessoa, independente do porte físico, sexo ou idade, pode defender a sua vida. Não importa se você é atleta, é magro, é gordo, homem ou mulher. Qualquer um pode defender a sua vida”, explica o professor Roque Jorge, da academia Haganá, uma das 11 unidades que ensinam a arte na capital baiana. 
Segundo o professor, para ter acesso ao mês gratuito oferecido pelas instituições, as mulheres precisam apenas comparecer a uma academia portando um documento com foto para fazer a inscrição. A lista de escolas no estado pode ser consultada através do site da federação
Praticante do Krav Magá há nove meses, a assistente social Eliane Cavalcante revela que começou as aulas de defesa pessoal por sentir medo de passar por algum tipo de violência. 
Violência
A motivação de Eliane não é à toa.  De acordo com pesquisa da Universidade Federal do Ceará (UFC), em conjunto com o Institute for advance Study in Toulouse e o Instituto Maria da Penha, no final de 2017, a mulher soteropolitana é a que mais sofre violência doméstica física em toda a região Nordeste. 
Segundo as estatísticas, uma em cada cinco moradoras de Salvador são vítimas de algum tipo de violência ao longo da vida. “Eu andava muito assustada. O Krav Magá é uma filosofia de vida, a gente se posiciona de uma maneira diferente, visualiza coisas que a gente não via antes”, analisa a assistente.
Assim como Eliane, a professora Milena Medrado, de 31 anos, já se sente mais segura desde que começou a praticar a defesa pessoal, há um mês. Ela conta que apesar do pouco tempo, ganhou conhecimentos que vai levar para vida inteira. 
“O principal é perceber os meus limites. Não é porque você começa a fazer as aulas que já vai conseguir se defender de todos os tipos de ataque. É gradativo. Eu percebi uma melhora na questão da autoestima, já me sinto mais segura andando nas ruas, aprendi a observar possíveis riscos”, afirma.
O professor lembra que, apesar de ensinar golpes de defesa, os alunos são orientados a só reagir em casos extremos. “A gente fala muito com os alunos para só reagir quando não existir mais alternativa. Eles são treinados para só reagir quando chegar a hora certa. O Krav Magá tem saída para qualquer tipo de situação”, explica.
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